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Natal – RN

março 6, 2008

Natal, a capital do Rio Grande do Norte, na esquina do mapa do Brasil, é uma cidade privilegiada pela suas belezas naturais. Lindas praias, dunas, lagoas e coqueirais emolduram a Cidade do Sol, que a cada dia recebe mais turistas de todo o Brasil e do exterior. Para quem não sabe, Natal também é conhecida como a Cidade do Sol porque o astro rei brilha mais aqui durante o ano todo.

A capital potiguar tem cerca de 300 dias de sol durante o ano. O período de chuvas no Rio Grande do Norte vai de março a junho, mas a temperatura fica entre 22 e 28 graus.

Com cerca de 750 mil habitantes, Natal possui o ar mais puro da América do Sul, segundo levantamento da Nasa, agência espacial norte-americana, realizado em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). Esta qualidade no ar é justificada pela sua posição geográfica privilegiada. A cidade está situada literalmente na “Esquina do Continente”, onde uma brisa constante e agradável vem do oceano para refrescar a cidade, cuja temperatura média anual é de 26,4 graus.

Além do melhor ar para se respirar, Natal ainda é uma cidade tranqüila, onde seus moradores cultivam alguns hábitos do interior, como o de bater papo sentados em cadeiras colocadas na calçada, em noites de muito calor. Esta cena é muito comum no bairro do Alecrim, o mais popular da cidade, que também possui um efervescente comércio, com destaque para a tradicional Feira do Alecrim, realizada aos sábados.


A origem da cidade:
A Fortaleza dos Reis Magos, no encontro das águas do mar e do rio Potengi, cuja construção se iniciou em 6 de janeiro de 1598, dia consagrado aos Santos Reis, é o marco do início da formação do núcleo populacional de Natal.

O historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo, filho dessa terra, escreveu em seus livros sobre a história da cidade que a origem do nome Natal pode estar ligado a dois fatos históricos: um deles relacionado ao dia que a esquadra de Mascarenhas Homem adentrou na barra do Potengi, no dia 25 de dezembro de 1597; e o outro, teria ligação a uma missa celebrada em 25 de dezembro de 1599.

As principais festas:

As principais festas religiosas da cidade são de Reis Magos (6 de janeiro), São Pedro (29 de junho) e Nossa Senhora da Apresentação (21 de novembro).

Mas é o Carnatal, um carnaval fora de época que acontece no início de dezembro, abrindo a temporada de verão na cidade, que mais agita a capital do Rio Grande do Norte. Hoje, o Carnatal é um dos maiores carnavais fora de época do país. Trios elétricos, bandas e cantores baianos invadem Natal, numa festa que reúne turistas e natalenses, durante quatro dias.

As praias urbanas:

Na orla urbana, as praias de Ponta Negra, Via Costeira e dos Artistas são as mais procuradas para banho. A praia da Redinha, situado no outro lado do rio Potengi, já foi local de veraneio de classe média natalense. Hoje, está um pouco esquecida e é apenas passagem para as outras praias do litoral Norte, como Genipabu. para quem transita pela balsa entre o bairro de Cristo Rei e a praia da Redinha. Nesta praia, o tradicional é parar o buggy ou o carro no velho mercado público e degustar uma ginga com tapioca. A ginca é um pequeno peixe frito no óleo de dendê ou comum servido num palito, colocado dentro da tapioca, uma iguaria regional feita à base de goma de mandioca e coco.

Ainda em Natal, alguns passeios podem ser bem interessantes, como uma visita ao Forte dos Reis Magos, a antiga Catedral, aos Museu e Memorial Câmara Cascudo, além do bairro da Ribeira, com seus casarões antigos e o teatro Alberto Maranhão.

Para quem gosta de levar lembranças da cidade, uma visita ao Centro de Turismo, no bairro Petrópoles, e ao Centro de Artesanato, da praia dos Artistas, pode resultar em boas compras. Situado num bonito prédio estilo colonial, onde já funcionou uma antiga cadeia pública, o centro de Turismo possui inúmeras lojinhas que vendem artesanato potiguar e nordestino.

Tem também a Galeria de Arte Antiga e Contemporânea, que reúne obras de artistas potiguares, com destaque para pinturas, esculturas e obras de joalheria. E no final das compras, experimente os bolinhos de macaxeira com camarão, queijo ou carne de sol da dona Lúcia ou dona Chica, que se revezam diariamente nessa arte de preparar essas iguarias. Ou ainda deguste um pastel com recheio de caju. No Centro de Artesanato da praia do Artistas 80 lojas oferecem de tudo, desde camisetas até pedras preciosas.

Nas noites de quinta-feira, no pátio do Centro de Turismo, acontece o mais tradicional forró da cidade: o forró com turista tem 14 anos de tradição, reunindo muitos turistas e natalenses.


História Contemporânea:

Na história política do Brasil, Natal foi a única capital do país que em 1935 foi dominada pelos comunistas. Durante quatro dias, a capital potiguar esteve sob o comando do Comitê Popular Revolucionário, que chegou a publicar um jornal e a dirigir ao povo um manifesto.

Na época da 2º Guerra, a cidade teve uma participação especial no conflito, devido a sua posição geográfica privilegiada. É o ponto do Continente Americano mais próximo da África. Entre 1942 e até o final da guerra, Natal abrigou a maior base aérea dos Estados Unidos fora do seu território.

Com cerca de 55 mil habitantes, a Natal naquele período se transformou com a chegada dos soldados norte-americanos. O hábito de mascar chiclete e tomar Coca-Cola foram incorporados ao cotidiano da provinciana capital , que passou viver o clima da Segunda Guerra. À noite, para evitar ataques aéreos, a cidade ficava as escuras.

Depois desse breve histórico de Natal, queremos apenas convidar você a vir conhecer mais de perto essa pequena, charmosa e encantadora capital. Com um ótimo alto astral, a cidade despertar em todos os seus visitantes uma paixão instantânea. Muitos, depois, acabam vindo morar nessa cidade de sol, mar e de um povo hospitaleiro. Outros, deixam tantos amigos aqui que acabam voltando uma, duas, três, quatro… Enfim, muitos voltam infinitas vezes.